Apesar de toda colaboração de Raul Seixas, o Camisa de Vênus foi o grande baluarte do rock baiano, porque foi ele que deu a partida na maquina geradora de bandas que povoaram as esquinas de Salvador nos anos 80, como Dever de Classe, Cabo de guerra, Elite Marginal, Diario Oficial, Décimo quarto Andar e outras.
A maioria delas já é extinta, como o próprio Camisa, mas seu legado é como uma contaminação radioativa que afeta geração após geração, como podemos comprovar a quantidade de bandas de rock que existem hoje em Salvador ( visite o site: http://www.bahiarock.com.br/).
Vendendo à alma ao Diabo
Uma párte das bandas atuais procura desesperadamente um espaço na mídia baiana e tambem um certo reconhecimento entre os intelectuais, os bairristas de plantão e o público axezeiro. O principal artifício dessas bandas "pseudo rockeiras" é misturar o sagrado rock and roll com ritmos regionais como forró e axé, criando um monstro de frankenstein musical que deve agradar muito aos críticos musicais e a industria fonografica, mas insuportável para os fans do bom e velho rock.
Em nome do Rock e da diversão
Paralelo à essa demagogia, a verdadeiro tribo rocker de Salvador corre atrás de seu sonho, indiferente à indiferença da mídia macumbeira local, enfrentando o preconceito da sociedade "light", da "galera massa" e da "gente bonita" de Salvador, enfrentando a polícia despreparada e mal informada, as autoridades manipuladas pela industria do turismo e o verão escaldante. Cada obstáculo enfrentado por nossos herois é mais combustível para o movimento, quem sabe um dia o mundo lá fora esquece um pouco das bundas das baianas e presta atenção ao nosso rock and roll?
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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