terça-feira, 30 de março de 2010

Poema: "Contra o tempo e o vento" - Glauco Letto

Sempre fui covarde
Algo fácil de se ver
Difícil é esquecer
o mal que isso me faz

já tive tantos desejos
e sonhos sem sentido
sombrios e bizarros
que me deixam entristecido

Ouvi tantas promessas
difíceis de acreditar
Mas eu nunca tenho pressa
Só não posso mais esperar

Meus olhos no espelho
Minha falta de razão
o tempo me ultrapassa
eu ando pela contramão

Andei fazendo planos
tão geniais quanto insanos
Passo os dias passando mal
Passo e não compro o jornal

Enquanto esse mundo acaba
apago a luz e adormeço
Amanhã é só mais um
E cada fim é um recomeço...

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